UM CATOLICISMO MAIS INTELIGENTE
Gente, acho que vou ter que mandar o computador pruma revisão, porque ele tá fazendo um barulho meio estranho. Então, se eu ficar uns dias sem aparecer, é só por causa disso, tá?
Eu ia mandar esse post aqui amanhã. Mas, como acho que vai ter esse problema, vai hoje mesmo.
Bom, como a maioria de vocês devem ter visto, no último dia 10, o Vaticano divulgou em público um documento estabelecendo que a Igreja Católica Romana é a única comunidade cristã que possui referência moral e religiosa pra ser considerada uma igreja. De acordo com isso, as outras igrejas podem ser chamadas no máximo de “comunidades”, mas não de “igrejas”, e podem até se esforçar pra ter valores cristãos de moral e religião, mas esses valores só podem ser encontrados de forma plena na Igreja Católica Romana.
A única outra igreja que foi considerada quase igual à Católica Romana, mas mesmo assim vista como muito deficiente se comparada a ela, é a Igreja Católica Ortodoxa.
Então, pra quem não sabe bem que igreja é essa (já que ela realmente não é muito comum aqui no Brasil), hoje vamos dar uma olhada nesse outro ramo do Catolicismo... Eu não diria que ele é melhor nem pior do que o Catolicismo Romano. Mas que ele é mais inteligente, alguns de vocês vão concordar que não há dúvidas.
Mas de onde veio esse outro Catolicismo? Bom, no início do século IV, o Imperador Constantinus I reconheceu o Cristianismo como religião oficial do Império Romano. Mas, no final desse mesmo século, o império foi dividido em 2 partes, uma ocidental e outra oriental, e cada uma governada por um imperador diferente.
Depois disso, o Império Romano do Ocidente continuou tendo Roma como capital e sendo governado por imperadores que eram diretamente influenciados pelos bispos de Roma, ou seja, os papas. E os papas passavam a ter cada vez mais poder político...
Mas o Império Romano do Oriente, que passaria a ter Constantinopla como capital, era governado por imperadores que reconheciam cada vez menos a autoridade política e religiosa dos papas, até devido às influências que iam recebendo de outros povos. E os bispos de Constantinopla também foram acompanhando esse afastamento de Roma...
Conclusão: ao longo dos séculos, o Cristianismo que existia no Oriente foi ficando cada vez mais diferente daquele que existia no Ocidente. Mas a separação definitiva foi no ano 1054, quando o Leo IX, Bispo de Roma, excomungou o Mikael Keroularios, Bispo de Constantinopla, e todos os seguidores dele. E esses, não se sentindo mais obrigados a seguir o Leo IX, reconheceram o Mikael Keroularios definitivamente como Patriarca de Constantinopla e chefe da igreja deles.A partir daí, a Igreja Católica se dividiu em 2 partes: a Igreja Católica Romana, que reconhecia o papa como chefe; e a Igreja Católica Ortodoxa, que reconhecia o Patriarca de Constantinopla como chefe. E é assim até hoje.

A Igreja Ortodoxa tá dividida em vários patriarcados diferentes, cada patriarcado é dirigido por um patriarca diferente e cada patriarca é independente de todos os outros, podendo administrar o patriarcado dele de acordo com a forma como ele interpreta as passagens bíblicas.
O Patriarca de Constantinopla (que hoje costuma ser chamado de Patriarca Ecumênico de Constantinopla) continua sendo o Sumo Sacerdote da Igreja Ortodoxa. Mas hoje a autoridade dele é muito mais simbólica do que verdadeira. As decisões dele tão longe de serem infalíveis ou inquestionáveis e o máximo que geralmente se permite que ele faça é reunir os outros patriarcas e mediar alguma discordância que apareça entre eles.
Quem ocupa esse posto atualmente é o Patriarca Bartholomew I.
Cada patriarcado também tá dividido em paróquias, com os seus respectivos padres ortodoxos. E esses padres podem se casar e ter filhos. Mas, geralmente, o casamento só é permitido 1 vez e antes da ordenação. A maioria dos patriarcados exigem o celibato só dos padres que já ficaram viúvos.
Problemas internos que apareçam num patriarcado devem ser resolvidos pelo próprio patriarca, que pode destituir qualquer sacerdote daquele patriarcado. Mas os próprios membros do patriarcado podem se reunir pra destituir o patriarca, se acharem que devem.
Os católicos ortodoxos acreditam que o único chefe que a igreja deles pode ter é o próprio Jesus Cristo. Portanto, ter um sacerdote de autoridade infalível e inquestionável, que reina sobre todos os membros de todos os patriarcados da igreja e que permite ou proíbe por si só tudo o que eles podem ou não fazer, seria sacrilégio.
Tá aí o motivo do título desse post: o Catolicismo Ortodoxo é mais inteligente do que o Catolicismo Romano. Afinal, o que é que a gente vê nesse último? Submissão absoluta a uma autoridade única, que é o papa.
O papa, por ser considerado igual a Jesus, tem autoridade infalível e inquestionável pra permitir ou proibir quaisquer atos, palavras ou pensamentos a todos os católicos romanos do Mundo. SE VOCÊ É UM CATÓLICO ROMANO, você pode até usar o seu livre arbítrio pra discordar das decisões do papa. Mas aí você já tá com um pé no Inferno. Então, de acordo com os sacerdotes da sua igreja, não faça uso desse direito. Esqueça que você tem livre arbítrio e deixe a sua igreja pensar por você.
Aliás, como todo mundo sabe, esses mesmos sacerdotes católicos romanos tão proibidos de se casar e de fazer sexo. E se sentirem alguma coisa que passe perto de ser um desejo sexual, eles têm que se arrepender, se penitenciar e se considerar os piores dos seres humanos. Se não, já tão com um pé no Inferno.
Depois dessa, me digam: qual das 2 igrejas católicas é mais inteligente?
Agora, vocês devem tá querendo saber qual é a opinião que a Igreja Ortodoxa tem sobre os homossexuais, né? Bom, a explicação oficial é aquela das igrejas conservadoras em geral: o contato sexual entre pessoas do mesmo sexo é condenável, mas a pessoa que pratica esses atos não pode ser condenada. É claro que essa idéia vai se tornar mais ou menos intensa de um patriarcado ortodoxo pro outro, assim como alguns padres ortodoxos vão aceitar os gays e outros não vão. Então, se um gay que é católico ortodoxo se sente vítima de preconceito num determinado patriarcado, talvez baste passar a se dedicar a outro. E vai continuar sendo católico ortodoxo, mas vai deixar de comungar com as opiniões daquele patriarca específico. Coisa que não dá pra fazer no Catolicismo Romano...
A Igreja Católica Romana tá dividida também em vários grupos. Mas todos esses grupos devem submissão ao papa. Portanto, se você é um católico romano, não adianta você passar, por exemplo, de um grupo conservador prum grupo progressista dessa igreja, porque você continua sendo um súdito do papa, não importa a qual grupo dessa igreja você pertença. Ou seja, até aí o negócio é mais inteligente no Catolicismo Ortodoxo.
E vamos sempre lembrar que, se você gosta de seguir uma religião que condena você ao Inferno, considera você inferior a quem tem outro tipo de sexualidade e agride você de todas as formas que ela pode, continue nessa religião. Haja masoquismo, né? Mas o livre arbítrio é seu.
Por outro lado, se por ser gay, você não se sente bem acolhido não sua religião, seja ela qual for, tem várias outras que vão acolher você melhor: o Budismo, o Candomblé, o Hinduísmo, o Judaísmo (nos seus grupos progressistas), a Wicca, o Xintoísmo... Enfim, não se deixe pisar por pessoas que não têm o direito de pisar em você.
Nos 2 casos, a escolha é só sua!
Si te gusta ser miembro de una religión que te condena al Infierno, te ve como un ser inferior y te ataca siempre que puede, pienso que tú serás feliz como un católico (romano o ortodoxo). Si lo quieres...
Pero si tú quieres ser bienvenido siendo todavía un homosexual en una religión, hay otras religiones que pueden hacerlo posible: el Budismo, el Candomblé, el Hinduismo, la Wicca, el Shinto, el Judaismo (hablando aquí de sus grupos progresistas)...
En los 2 casos, la decisión es solo tuya.
C’è bisogno di ricordare che, se ti piace essere membro di una religione che ti vuole vedere nell’Inferno per essere omosessuale, che ti vede come una cosa inferiore e che ti attacca sempre, penso che tu sarai felice come un cattolico (romano o ortodosso). Se lo vuoi...
Ma se tu preferisci essere benvenuto in una religione essendo ancora un omosessuale, ci sono delle religioni che possono farlo possibile: il Buddhismo, il Candomblé, l’Induismo, la Wicca, lo Scintoismo, il Giudaismo (parlando qui dei suoi gruppi progressisti)...
Nelle 2 situazioni, la scelta è tua.
Don’t forget something. If you like being a member of a religion which sentences you to Hell, sees you as an inferior being, and attacks you all the time, you can be a (roman or othodox) catholic. That’s your choice.
But if you want to feel welcome as a gay person in a religion, there are many other religions which can do it possible: Buddhism, Candomblé, Hinduism, Wicca, Shinto, Judaism (talking about its progressive groups)...
Anyway, in both cases, that’s your choice.
Bom, até a próxima, que talvez demore um pouquinho.rs